Simplesmente Amor
Quem não gosta de um filme de Natal? Aquele roteiro milimetricamente pensado para agradar a família toda, com um lançamento cirúrgico na época em que todo mundo parece ficar mais sensível.
Há 20 anos, estreava “Simplesmente Amor”, um filme que entrou para a história do cinema com diversas narrativas cruzadas.
Neste clássico, o roteirista Richard Curtis — responsável por sucessos como Notting Hill e Quatro casamentos e um funeral — queria mostrar para o público que o amor está em todos os lugares.
Isso pode parecer clichê, mas as situações que ele coloca no filme vão muito além de famílias felizes. Como na vida real, ele nos mostra que o amor apaixonante também pode ser traiçoeiro, sacana e irresponsável.
Assim, ele realmente está em todos os lugares: seja em um casal apaixonado, ou em um marido que descobre uma traição. Na paixão de um pré-adolescente, ou em um solitário que se apaixona pela esposa do seu melhor amigo.
Mas não se engane… Como qualquer bom filme de Natal, “Simplesmente Amor” carrega uma mensagem pra lá de otimista.
Já na sua introdução, Hugh Grant começa dizendo que, quando fica pessimista em relação à humanidade, ele pensa nos portões de chegada do aeroporto de Heathrow, na Inglaterra.
Embora o mundo tente nos fazer acreditar que só existe ganância e egoísmo, ao ver os abraços nas chegadas e partidas, é impossível não pensar que existe muito sentimento bom na vida.
Nas palavras do personagem, quando os aviões atingiram as Torres Gêmeas, nenhum dos telefonemas das pessoas a bordo eram mensagens de ódio ou vingança — elas eram todas mensagens de amor.
Talvez você leia nossos e-mails e pense que nunca viveu nenhuma história de rasgar o peito. Porém, se você olhar bem, temos o pressentimento de que irá descobrir que não precisa achar nada: o amor pode estar do seu lado.