Conexões Inesperadas - Uma História de Encontros Marcados
A história da Marina e da Duda começou em 2010, quando elas tinham apenas 6 anos. Eram da mesma sala, mas não eram amigas — e a Marina tem poucas lembranças dela nessa época.
Uma delas é bem específica: a Duda chegando atrasada na aula, entrando na sala saltitando.
Enquanto ela dava alguns pulinhos e ia guardar a mochila lá no fundo, onde ficavam os escaninhos, a Marina pensou: “nossa, ela é tão delicada, queria ser mais como ela”.
No ano seguinte, elas trocaram de escola e não mantiveram contato. Só foram lembrar da existência uma da outra alguns anos depois, quando se seguiram no Twitter.
Na pandemia, trocavam alguns likes e também se adicionaram no Instagram. Nessa mesma época, depois de muito tempo “tentando se esconder”, a Marina aceitou que também poderia gostar de meninas.
Ela já sabia que a Duda estava na mesma — pelo arco-íris na sua bio do Instagram —, mas não fazia ideia se o interesse seria correspondido.
Até que, depois de uma resposta de story, o papo entre as duas começou a fluir, e elas ficaram conversando até altas horas da madrugada. Inclusive, pra Duda, abrir mão do seu sono é realmente uma prova de amor.
Durante esses papos despretensiosos, a Duda se ofereceu pra dar uma aula de tênis pra Marina. Ela topou, e as duas se encontraram no clube da cidade.
Depois da partida, passaram o resto da tarde conversando, jogando ping-pong e nadando. O tempo passou lento, até que anoiteceu, e as duas olharam para o céu em silêncio.
- A Marina falou pra Duda que, ao ver a primeira estrela da noite, ela deveria fazer um pedido. E não contar pra ninguém.
Na semana seguinte, elas continuaram conversando. E também foram mais vezes ao clube. Estudaram juntas, viram filmes e séries, e passearam por museus na cidade.
Depois de alguns encontros, as duas combinaram de ir no cinema em vez de estudar. Infelizmente, o filme era bem trágico, e elas ficaram chocadas e imóveis depois do fim.
A sala era pequena, e as luzes não se acendiam no final do filme como um cinema normal. Tinham várias luzinhas pequenas no teto, que o faziam parecer um céu estrelado.
A Marina falou isso pra Duda, e ela olhou nos seus olhos e contou o pedido que fez naquele dia do clube: um beijo.
Elas se beijaram ali mesmo — por um bom tempo — e acabaram sendo flagradas pela moça da limpeza. Ficaram morrendo de vergonha, mas saíram de lá felizes, bem como as criancinhas do início da história.
A cada conversa que tinham, descobriam mais coincidências entre as duas: A Marina já tinha ido no salão de festas do prédio da Duda, e a Duda frequentava o salão do lado da casa da Marina.
Todos esses pequenos acasos fazem a Marina pensar que os caminhos das duas sempre estiveram destinados a se cruzar. Alguns chamam isso de coincidência, mas ela prefere chamar de amor.
Alguns meses depois, no dia 09/06, a Duda deu de presente pra Marina um ingresso para o “show dos namorados” da Anavitória.
A Marina já tinha contado para os amigos que ia começar a namorar naquele dia — se a Duda não pedisse, ela mesmo ia pedir.
Na saída do show, tinha um cabine de fotos. Depois do primeiro clique, a Marina falou bem rápido e baixinho: “quernamorarcomigo?”
Ela ficou na dúvida se a Duda tinha escutado, mas sabe que escutou, porque ouviu como resposta um daqueles “sims” que a gente fala depois de uma pergunta bem óbvia.
Saíram pra jantar e se despediram, felizes da vida por saber que, dali a dois dias, celebrariam o primeiro “Dia dos Namorados” oficialmente juntas.
Diferente daquelas histórias cheias de altos e baixos, o relacionamento delas sempre foi repleto de muito amor, carinho e respeito, de um jeito que a Marina nunca achou que teria.
Inclusive, foi esse amor que deu forças pra ela se assumir pra sua família. E sempre que vê a Duda andando por sua casa, ou conversando com algum dos seus parentes, a Marina se sente a pessoa mais sortuda do mundo.
Agora, no dia 09/06, elas completam um ano de namoro, e a Marina quer mostrar para o mundo todo que a Duda é sua namorada.
Ela também queria que todo mundo pudesse ter a oportunidade de viver um amor tão doce, tão gentil, tão sincero e lindo igual ela tem.
Um amor que faça a pessoa mais cética do mundo cogitar a existência de destino, almas gêmeas, e até em pedidos pra estrela. Um amor que transforma, dá colo, conforto e certeza.
Grata pelo que aconteceu no último ano — e esperando ansiosamente por tudo que o futuro reserva —, a Marina finaliza com uma frase que já leu aqui no the stories: “não existe nada melhor do que ser quem se é e amar quem se quer”.
Confira a declaração que Marina fez a Duda? Aqui.