Viver: pequenos momentos, grandes significados
Viver Devagar: Uma Reflexão Descontraída sobre Paciência e Ciclos
“Viver devagar é que é bom, e entreviver-se, amando, desejando, sofrendo, avançando e recuando, tirando das coisas ao redor uma íntima compensação, recriando em si mesmo a reserva dos outros e vivendo em uníssono. Isso é que é viver, e viver afinal é questão de paciência.” — Fernando Sabino
Vamos combinar: Sabino aqui não estava apenas filosofando. Ele estava entregando um tutorial sobre como encarar a vida sem surtar. O homem disse tudo em poucas palavras. “Viver devagar é que é bom” é praticamente um soco na cara da nossa rotina moderna, que mais parece uma corrida de hamster na rodinha.
A pressa é inimiga da diversão
Quantas vezes você já se pegou vivendo no piloto automático? Casa-trabalho-casa, scrollando o feed das redes sociais enquanto a lista de boletos sussurra no fundo da sua mente. Parece familiar? Aí entra Sabino pra te lembrar: é na desaceleração que a vida acontece.
Martha Medeiros, outra gênia das palavras, disse uma vez: “Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado”. Se isso não é um chamado para viver fora do automático, eu não sei o que é.
“Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.”
Ciclos, nuances e a arte de entreviver-se
Sabino manda a real quando fala sobre “entreviver-se”. A vida não é uma linha reta. Tem altos e baixos, curvas e buracos no meio do caminho — tipo aquela viagem de carro que nunca sai como o planejado, mas rende boas histórias. O segredo? Tirar das coisas ao nosso redor uma íntima compensação.
Isso não tem nada a ver com conquistas materiais. Não se trata do carro novo ou do aumento no trabalho, mas de encontrar significado nas coisas pequenas: o café quentinho, a risada inesperada, o silêncio de uma tarde sem pressa.
Viver é como cozinhar macarrão: paciência é essencial
Sabino encerra o texto com um tapa de luva: “viver afinal é questão de paciência”. E ele tá certo. Não adianta querer apressar o cozimento. Se você tirar o macarrão da panela antes da hora, ele vai ficar cru e sem graça. A vida também tem o tempo dela.
Por isso, permita-se esperar. O tempo certo tem um jeito curioso de trazer as melhores surpresas. E, como disse Martha Medeiros, “já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações”. Respirar é automático, mas viver é arte.