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Gean Ramos

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Módulo de Ignição

gean ramos - Módulo de Ignição

Eu sou um péssimo perdedor. Culpa da minha criação. Nada de ser mimado e fazer birra quando perco, mas aprendi a fazer tudo com muita vontade. E quando você é tão intenso, espera que seu árduo trabalho resulte em nada menos que a vitória.

Aprendi isso da pior forma, claro. Perdendo coisas importantes. Foi quando eu decidi que só colocaria minha energia em coisas que me garantissem a vitória. Isso inclui missões muito difíceis, ao contrário do que possa imaginar. Aliás, o fácil não me interessa.

Sou fã de Walt Disney e aquela frase célebre dele: “Gosto do impossível porque a concorrência é menor”. Confesso que gosto de uma competição também.

Minha gana aparece em todos os campos: profissional, pessoal e amoroso. Não se trata de competitividade, é mais sobre foco. Eu sei o que quero, sei o que fazer para conseguir e me dedico ao máximo para alcançar. Mas é difícil aceitar certas perdas, não importa o quanto nos esforçamos. Mesmo quando algo não depende só de nossos esforços.

A morte, por exemplo. É impossível vencê-la. Acredite, eu tentei. Não estou falando da minha morte, claro! Essa é uma batalha que não quero travar tão cedo. Existe algo melhor que a morte, mas não menos impiedoso: o amor. Não dá para vencer o amor. Na verdade, é melhor nem tentar vencer o Cupido, esse anjo doido, com todo o respeito.

Vamos combinar: quem nunca quis encontrar o arqueiro e dar-lhe umas bofetadas pelo serviço mal feito? Pois eu, sim. Diversas vezes.

O problema de quem só joga para ganhar é se preocupar com um pequeno jogo fora de casa, enquanto ainda tem uma temporada inteira pela frente. Vamos pegar como exemplo um relacionamento amoroso há muito adoecido. A vontade de fazer aquilo funcionar é tão grande que, mesmo sem solução, há uma força-tarefa para puxar o amor do fundo do poço. Isso é familiar para você?

Em algum momento de nossas vidas (ou talvez em todos), buscamos novos horizontes para explorar. Temos sonhos, ora bolas! Expectativas bem limitadas. Quer dizer, ilimitadas.

E se olharmos de fora, friamente, é possível ver que alguns relacionamentos são como um foguete. Especialmente aqueles que nos impedem de alcançar uma ascensão quase espacial. E, assim como em uma missão espacial, chega um momento em que é preciso se livrar de um peso para ganhar velocidade e ir muito mais longe.

Agradeça aos “módulos de ignição” que encontrou pela vida, mas deixe-os entrar em órbita. E lembre-se com carinho de cada um. Sem eles, você nunca teria sido capaz de ver o mundo tão lindo.