Desacelerar no Mundo Acelerado
Se você pudesse apagar todas as coisas difíceis que te aconteceram, você faria isso? antes de responder, pense: quem você seria hoje sem essas coisas?
O tempo todo mundo fala que o tempo voa, mas será que não somos nós que tentamos correr mais rápido que ele? talvez, seja hora de parar de correr tanto.
Já sentiu que o tempo está passando tão rápido que você mal conseguiu terminar o primeiro café e já está na hora de dormir? Já estamos na metade de janeiro, gente!
Agora, pensa comigo: será que essa sensação não tem mais a ver com a quantidade de coisas que estamos fazendo (ou tentando fazer) do que com o próprio tempo?
O tempo, por si só, não mudou. Um minuto continua com 60 segundos, uma hora segue com 60 minutos e um dia… bem, aquele também tem 24 horas, sem surpresas.
O que mudou, e muito, é a quantidade de “coisas” que colocamos dentro desses minutos, dessas horas e desses dias. Redes sociais, mensagens de todo tipo, infinitas notificações…
Estamos tão conectados que até o Wi-Fi da nossa casa parece mais calmo do que nós. E falando em comunicação, já reparou como a nossa fala está acelerada? É sério, tente assistir a uma entrevista dos anos 90 e compare com uma de hoje. Parece que todo mundo está correndo, mesmo sem sair do lugar.
A gente está tentando enfiar experiências, tarefas e informações em um espaço de tempo cada vez menor, tipo uma mala que não fecha, sabe?
O escritor Terence McKenna falava que o tempo é medido pela densidade de eventos. Ou seja, quanto mais coisa acontece em um curto período, mais rápido a gente sente que o tempo passa. Parece que ele estava prevendo a nossa vida de hoje, né?
Agora, pensa no futuro… Em 5, 10 anos, quando a tecnologia e as conexões forem ainda mais intensas, como será que vamos lidar com isso? Será que a nossa cabeça vai dar conta de tanta informação ou vamos acabar pirando com tanto “conteúdo para processar”?
💡 A sensação de aceleração pode nos levar a um lugar meio perigoso: a desconexão. Quando tudo parece urgente e imediata, acabamos vivendo no piloto automático, sem realmente mergulhar nas coisas que importam.
Talvez, o maior desafio de todos seja dar uma desacelerada de vez em quando.
Respirar fundo, parar de tentar abraçar o mundo e curtir os momentos sem pressa.
Porque, no final das contas, o tempo pode até parecer uma maratona, mas é a nossa forma de vivê-lo que vai dizer a velocidade real dessa corrida.