Amor Fugitivo: Camila e Suas Aventuras

Cinzas de Amor

Camila, essa menina doidinha, não se dava muito bem há um tempinho. Mas quando se dá, ah, é do jeitinho que o momento pede! Não importa se é muito ou pouco, os ares são outros, as caras também. Nada de julgamentos ou dedo apontado.

Intensa é pouco. Cada minuto para ela é vida desperdiçada se não for vivido intensamente. Na festa, ela queria um motivo para sentir-se viva, mesmo com o coração de gelo. Se apaixonar? Nem pensar.

Três goles, dois tragos, e beijos cada vez mais amargos. Sozinha de novo, segurando o choro, partia pra briga, arrumava encrenca. Sangue quente, não admite mentiras. Tão linda a menina, mas ainda sozinha.

Afinal, a verdadeira companhia não se encontra numa noite de loucura, mas no cuidado, no carinho, no abraço apertado. Dias se passaram, três, quatro, e a cada noite era como renascer. Não por deitar, mas ao vê-lo ir embora com a desculpa “já é tarde”.

E assim foi com uns e outros. Tão linda quanto forte. Como eu queria essa moça para mim. Quem a teve não soube aproveitar as coisas maravilhosas que ela oferecia. Retomou sua rotina, mas com um aperto no peito sempre que relembra o carnaval. Sentia saudade da cachaça e da alegria, e de tudo que fez.

Conheceu muita gente, mas se apegou tão superficialmente. Será que, só porque é carnaval, se apaixonar seria um atraso? Talvez esses sejam sinais novos. Camila sorriu, olhando para longe como sempre. Não parecia mais tão fugaz. Não voltará para onde esteve tão cedo, isso espanta os medos.

Observando os colegas com cara de ranzinza, pensou: será que não aproveitaram o carnaval? Talvez seja porque hoje é quarta-feira de cinzas… hora de voltar tudo ao normal.

Palavras-Chave

1. Carnaval
2. Intensidade
3. Reflexão amorosa
4. Solitude
5. Camila