Tragédia nos Céus de Washington: Colisão Fatal Entre Jato de Passageiros e Helicóptero Militar
Na noite de quarta-feira, Washington, DC, foi palco de um desastre aéreo de proporções catastróficas.
Um jato de passageiros da American Airlines, operado pela PSA Airlines, colidiu com um helicóptero militar Sikorsky H-60 Black Hawk do Exército dos EUA nos céus próximos ao Aeroporto Nacional Reagan.
O impacto devastador ocorreu por volta das 21h, horário local, enquanto o voo, que partira de Wichita, Kansas, se aproximava do aeroporto. Ambas as aeronaves foram destruídas e caíram nas águas geladas do rio Potomac, desencadeando uma operação de busca e resgate frenética.
Uma Cena de Desespero
A colisão desencadeou uma resposta imediata de aproximadamente 300 socorristas federais, estaduais e do Distrito de Columbia, incluindo equipes de mergulhadores, que rapidamente chegaram ao local do acidente. As autoridades confirmaram a existência de fatalidades, embora o número exato de vítimas ainda não tenha sido divulgado. A prefeita de Washington, Muriel Bowser, prometeu que os esforços de resgate continuarão enquanto houver esperança de encontrar sobreviventes. “Estamos obviamente tentando chegar às pessoas o mais rápido possível,” disse Bowser durante uma coletiva no aeroporto.
O helicóptero Black Hawk estava em um voo de treinamento, operando a partir de Fort Belvoir, Virgínia, cerca de 20 milhas do Pentágono. A causa exata da colisão ainda é desconhecida e está sob investigação pelo Exército e pelo departamento de defesa dos EUA.
O aeroporto interrompeu todas as decolagens e aterrissagens, redirecionando os voos para o Aeroporto Internacional Marshall de Baltimore,
enquanto a operação de resgate prossegue. Sirenes ecoaram pela capital dos EUA enquanto dezenas de carros de polícia invadiam ambos os lados do rio Potomac, fechando estradas ao trânsito. Helicópteros com holofotes circulavam acima, enquanto barcos vasculhavam os destroços.
Testemunhas e Reações
Michael Wille, de 38 anos, juntou-se a uma multidão na Ilha Daingerfield para observar a busca e o esforço de resgate.
“Espero que encontrem algumas pessoas vivas,” disse ele,
observando que a temperatura da água estava muito próxima do ponto de congelamento. Essa mesma esperança ressoou entre os familiares das vítimas prováveis, que aguardavam ansiosamente por atualizações no aeroporto.
O presidente Donald Trump foi informado sobre o acidente e expressou suas preocupações nas redes sociais, questionando a possibilidade de evitar a tragédia. Ele descreveu o acidente como “uma situação ruim que parece que poderia ter sido evitada,” levantando dúvidas sobre a falha em evitar a colisão.
Um Impacto Devastador
O impacto da colisão deixou o avião American Airlines Flight 5342 em pedaços no rio, segundo fontes policiais.
Entre os passageiros a bordo estavam vários membros da comunidade de patinação artística, que estavam retornando de um campo de desenvolvimento realizado em conjunto com os Campeonatos de Patinação Artística dos EUA em Wichita, Kansas.
A American Airlines expressou sua preocupação pelos passageiros e tripulantes a bordo e prometeu colaboração total nas investigações para esclarecer as causas do acidente. O CEO da American Airlines, Robert Isom, disse que estava viajando para Washington para se inteirar sobre os eventos.
A Operação de Resgate em Condições Adversas
As equipes de resgate enfrentam condições adversas enquanto vasculham as águas geladas e turbulentas do rio Potomac. Segundo a meteorologia, a temperatura no Aeroporto Nacional Reagan estava em torno de 45 graus, com ventos fortes.
Durante a noite, as temperaturas caíram para abaixo do ponto de congelamento, complicando ainda mais os esforços de resgate. Com a previsão de chuva e ventos fortes para o dia seguinte, as operações de busca devem enfrentar desafios contínuos.
O Som da Tragédia
Gravações de áudio de controladores de tráfego aéreo, obtidas pela CNN, capturaram o momento em que os operadores da torre de controle perguntaram ao helicóptero se o voo comercial da PSA Airlines estava à vista. Em uma troca de comunicações tensas, o piloto do helicóptero respondeu: “PAT 2-5 tem a aeronave à vista, solicito separação visual.” Menos de 13 segundos depois, sons de choque e gasps audíveis foram capturados pela gravação, marcando o momento do desastre.
Lembrança de uma Tragédia Passada
Este trágico acidente aéreo evoca memórias de um desastre similar que ocorreu há 43 anos. Em 13 de janeiro de 1982, o voo 90 da Air Florida, que partia do Aeroporto Nacional de Washington com destino a Fort Lauderdale, colidiu com a Ponte da 14th Street antes de cair no gelado rio Potomac pouco após a decolagem.
Todos os 74 ocupantes da aeronave morreram, juntamente com quatro pessoas em veículos na ponte. Uma investigação revelou que falhas múltiplas, incluindo a falta de remoção de gelo excessivo das asas e motor do avião, foram responsáveis pela tragédia.
O Impacto na Aviação
Acidentes graves de aviação são raros nos Estados Unidos. O último grande acidente registrado foi em 2009, quando um voo da Colgan Air caiu em uma casa perto de Buffalo, Nova York, matando 49 pessoas a bordo. Este recente desastre em Washington levanta novas questões sobre a segurança no espaço aéreo da capital e a necessidade de medidas rigorosas para evitar tais tragédias.
Os olhos do mundo estão voltados para Washington enquanto os especialistas tentam desvendar como um sistema de espaço aéreo sofisticado permitiu que essa tragédia ocorresse. A investigação buscará respostas, enquanto a nação aguarda por explicações e medidas para evitar futuros desastres.
Fontes: CNN, Financial Times, CNN Brasil