Amor e Dor: Vale a Pena Arriscar?
Sobrevivendo ao Amor (e à Guerra)
Você já percebeu como relacionamentos podem nos dividir?
🌟 Cada semana eu tento trazer uma crônica positiva, algo que puxe o melhor de você. Mesmo que o seu cenário amoroso atual seja um desastre. Afinal, falar de amor é muito mais gostoso do que falar de dor, né? Mesmo que não dê tanta audiência ou chame menos atenção.
Mas, aqui entre nós, a maioria das histórias que ouço envolve sofrimento do coração. A ciência até tenta explicar. Um estudo do Personality and Social Psychology Bulletin é categórico: compartilhar a tristeza com alguém faz você se sentir menos triste. Ao encontrar um ombro amigo, você recebe palavras de conforto e a certeza de que não está sozinho nos seus dramas. Isso alivia uma pressão sufocante.
Engolir o choro nem sempre é legal.
Segundo a Universidade Tilburg, lágrimas são frutos de sentimentos expressados (como já sabíamos) e ajudam a se conectar com os outros. Doido, né?
Mulheres tendem a chorar 5.3 vezes por mês - a testosterona nos homens é uma inibidora de lágrimas. Então, homem não chora? Ou chora?
Quando o assunto é amor, não existe receita de bolo. O coração manda, se expressa do jeito que quer. Ciúme, por exemplo, na minha opinião, é uma manifestação de amor - mesmo que errada. E pode parecer que não, mas quem sente ciúme sofre mais do que quem é alvo. Verdade. O mesmo vale para muitos sintomas da paixão: raiva, saudade, dor de um pé na bunda.
Chega a ser físico. Um corte na carne, um soco na cara, um tiro à queima-roupa. E como dói. E como chora. E como pensa em desistir do amor, não é? Às vezes, relacionamentos são campos minados. Lutamos por alguém e, ao mesmo tempo, contra esse alguém. Tem muito mais amor, carinho, dedicação para dar, mas e quando um não quer mais?
Quando falamos de sentimentos, a munição não mata, mas deixa marcas. Perfume que invadia o nariz, toque de pele que dava choque, risada contagiante. Tudo isso vira saudade dolorida. De sufocar, de roubar o ar, de lacrimejar. Um ímpeto neurológico que faz você pegar o celular e implorar que a pessoa volte, que você estava errado e arrependido. Pena que o tiro disparado não volta. E mesmo quem termina não sai ileso.
Você vai lembrar de cada situação como um veterano de guerra conta histórias de cicatrizes. No fim, você atravessa a trincheira vivo, repleto de marcas na pele e na alma. Triste por quem ficou pelo caminho, mas mais forte. Muito mais forte.
E não se preocupe. Você, eventualmente, vai para a guerra de novo. Porque amar faz valer a pena tudo isso.
Palavras-Chave
- Relacionamento saudável
- Amor próprio
- Respeito e paixão
- Nuances de Vênus
- Amor verdadeiro