Amor Fati - amor ao destino
“Minha fórmula para a grandeza em um ser humano é amor fati: que ninguém queira que nada seja diferente, nem para a frente, nem para trás, nem para toda a eternidade. Não basta suportar o necessário, escondê-lo ainda menos — todo idealismo é mentira diante do necessário — mas amá-lo.”
Amor Fati é uma expressão do latim que pode ser traduzida como “amor ao destino”. Ou, em termos mais práticos, “aceitação de tudo que possa vir a acontecer”.
- Mas, antes que você pense naquela pessoa que fica de braços cruzados esperando o acaso agir, o amor fati não é sobre isso.
Na verdade, amar o destino é enxergar a vida como ela é — e não como a gente gostaria que ela fosse —, parar de remoer erros do passado e aceitar aquilo que não dá pra mudar.
Os estoicos chamam essa sabedoria de “a arte da aquiescência”, que significa aceitar em vez de lutar contra. Nas palavras de Marco Aurélio, “aceitar sem arrogância, deixar ir com indiferença”.
Ainda que você se esforce muito, em qualquer situação da vida, sempre existe algum fator que não depende só das suas atitudes.
- Seja por uma oportunidade de emprego que chega na hora errada, um amor que não é recíproco ou uma tempestade que estraga uma viagem.
Pensando em todos esses exemplos, o conselho de Nietzsche seria o seguinte: abra mão das suas expectativas e abrace o acaso, seja ele qual for.
Afinal, só depois de aceitar a realidade que dá pra correr atrás de outra vaga de emprego. Ou se abrir pra um novo amor. Ou entrar no mar com chuva. Ou jogar um baralho e aproveitar a viagem sem se molhar.
Ainda que seja difícil, amar a vida é também amar o dia ruim e o emprego perdido. O plano que deu errado e a pessoa que nos decepcionou. Amar a vida é viver.