A Fila Anda: Reflexões sobre Amor e Ilusão
A Famosa Citação: “A Fila Anda”!
Essa frase, todo mundo já disse pelo menos uma vez na vida. Tem até complemento para dar aquele efeito: “e a catraca gira”.
Metáfora perfeita para filas e transporte público, né? Me lembra gente, muita gente. Multidão.
Sempre achei que gente demais atrapalha. Quantidade em relacionamento? Só serve para manter a cama quente, mas o coração… esse continua vazio. Não vou entrar na questão do poliamor agora, vou deixar para um outro post. Gente demais parece artifício de quem não sabe o que quer, só o “quanto” quer.
Quando você conhece alguém e fica com essa pessoa, não dá pra saber o que vem a seguir. Mas com o passar dos dias, a pauta das conversas muda, e as perguntas evoluem: O “tudo bem?” vira “como foi seu dia?”, o “o que vai fazer hoje?” se torna “vai dormir aqui no fim de semana?” e o “como tá o trabalho?” se transforma em “quais são os seus sonhos na vida?”. Perguntas essenciais para determinar espaço, proximidade e intimidade.
Mas com a tecnologia veio a ilusão da convivência. Falamos com muitas pessoas todos os dias, mas isso não é intimidade. Daí rola aquele distanciamento da pessoa que você gosta e isso dói.
Há sinais para quando as coisas começam a esfriar, como o momento em que o outro para de perguntar como você está. Pior ainda quando o “tudo bem?” vira uma pergunta retórica perdida em uma lista de contatos no WhatsApp. Depois de 5 minutos, a resposta já não importa mais.
Como manter o alinhamento com tantos personagens nessa novela?
Questionei isso outro dia e um amigo disse que não tinha paciência. Eu também não teria, mas parece que muita gente tem uma facilidade que eu invejo. Homens e mulheres fazem isso igualmente. Eu sempre me pergunto como conseguem prestar atenção e assistência a tantos ao mesmo tempo. É nessa hora que as perguntas se perdem.
O que antes era importante, agora é trivial, até mesquinho. Grandes momentos se tornam fragmentos de um backup de memória.
“Porque muito pra mim é tão pouco e pouco é um pouco demais”, diz a letra de Paulinho Moska, e eu concordo.
Realmente, amigos, a fila é grande e ela anda, mas está cheia de cambistas vendendo entrada falsificada. E aí?
Você quer paciência para entrar do jeito certo ou quer ser barrado porque tentou entrar de forma esperta?
Palavras-Chave
- Intimidade
- Convivência
- Tecnologia
- Relacionamento
- Qualidade vs. Quantidade